PRIDE 2 (Parte 1)
Estranhos são os caminhos da vida – pois se para alguns de nós a existência carece de sentido, o caos reina e os eventos se sucedem de modo aleatório, para outros cada peça se encaixa na seguinte, e uma experiência sofrida tem a misteriosa função de nos preparar adequadamente para o próximo desafio.
Cinco meses após seu primeiro combate no PRIDE, Renzo foi novamente convidado a lutar, agora na segunda edição do evento.
O PRIDE 2 aconteceu em 15 de março de 1998, mais uma vez sediado em Tokio.
O adversário designado pela organização era Sanae Kikuta, lutador que trazia no cartel 7 vitórias, sendo 6 por submissão. Um judoca especialista em luta agarrada; um guerreiro que dominava o mesmo território marcial de Renzo.
Sendo assim, uma luta com grande probabilidade de empate e, observando-se em retrospecto, um empate seria exatamente o que sucederia – se a luta anterior não tivesse existido. Porque com o conhecimento adquirido, e graças ao peso de seu status de astro do MMA, Renzo fez uma exigência de alteração das regras, o que mudou completamente as perspectivas daquele combate: pois segundo o pedido de Gracie, a luta não teria fim. Não enquanto um dos lutadores não desistisse. Os rounds de 10 minutos seriam infinitos e a disputa se prolongaria pelo tempo que fosse necessário, até que um dos competidores vencesse de forma inequívoca.
A demanda de Renzo foi aceita e deste modo o empate deixou de ser uma possibilidade no horizonte daquele confronto.
O combate ficou marcado como um dos mais longos da história do MMA: foram precisos 5 rounds e meio, quase 1 hora, para que a luta encontrasse seu vencedor.
(continua)
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