Em 28 anos de trajetória no MMA, Renzo construiu um cartel de 23 lutas, com 14 vitórias, 7 derrotas, 1 empate e 1 luta sem resultado.
 
Foi um dos pioneiros do esporte e esteve em todas as principais competições do mundo, incluindo One, Pride, IFL, Rings, UFC e K-1. 
 
Conseguiu vitórias inesquecíveis contra 4 campeões do UFC: Oleg Taktarov, Carlos Newton, Pat Miletich e Maurice Smith. 
 
Venceu ainda um quinto campeão da organização, Frank Shamrock, embora esta não seja uma luta à qual pode-se atribuir nobres qualidades: Shamrock perdeu por desclassificação (determinada pelo árbitro Herb Dean), após aplicar duas joelhadas na nuca de Renzo.
 
(Ainda é relevante pontuar que a carreira de Renzo como lutador não se limitou ao MMA. Paralelamente, ele prosseguiu participando de campeonatos esportivos de Jiu-Jitsu e luta agarrada entre os anos de 1993 e 2014, sagrando-se duas vezes campeão do ADCC–ABU DHABI COMBAT CLUB (em 1998 e 2000), a mais prestigiada competição de grappling do mundo.)
 
Durante sua carreira nas arenas, muitos vetores o forçaram em direções distintas, exigindo sua atenção. Renzo nunca pôde treinar exclusivamente, como a maioria dos atletas profissionais. Mas sua capacidade de superar os desafios e revezes no ringue, enfrentar a pressão de construir-se como mestre, treinador e empresário de uma das mais bem-sucedidas redes de academias do mundo, enquanto prosseguia lutando (e vencendo a maioria dos confrontos), é incontornavelmente extraordinária.
 
Nos últimos tempos surgiram lutadores com cartéis impressionantes, mas quantos deles enfrentaram adversários 30kg mais pesados? Ou lutaram 3 vezes em uma mesma noite? Ou treinaram campeões mundiais enquanto mantinham uma carreira intensa nas competições? Ou subiram ao ringue com 51 anos de idade?
 
É a excelência em cada uma destas frentes – e a soma de todas elas – que tornam Renzo Gracie uma figura verdadeiramente lendária no território, ao mesmo tempo belo e brutal, das artes marciais. Um ponto fora da curva. Único.